sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A política de Evo Morales de nacionalização na visão da mídia brasileira


Muitos meios de comunicação da imprensa brasileira de forma subta se tornaram em verdadeiros nacionalistas. Foi só o presidente Evo Morales colocar em pratica sua promessa eleitoral de nacionalizar o gás e o petróleo na Bolívia para que eles se manifestassem em defesa dos segundo eles “interesses nacionais”.
O presidente Evo Morales decretou no dia 1º de maio a nacionalização das reservas de petróleo e gás da Bolívia. O decreto da nacionalização foi decisão de um referendo em julho de 2004, quando a população decidiu recuperar a posse das suas reservas naturais, que foram privatizadas na década de 90, pelo então presidente Hugo Banzer.
A Constituição Política da República da Bolívia, de 1967, em seu artigo 139o. diz o seguinte: “As reservas de hidrocarbonetos, qualquer que seja o estado em que se encontrem ou a forma em que se apresentem, são de domínio direto, inalienável, imprescritível do Estado. Nenhuma concessão ou controle poderá conferir a propriedade das reservas de hidrocarbonetos. A prospecção, exploração, comercialização e transporte dos hidrocarbonetos e seus derivados são de responsabilidade do Estado”.
Todas as empresas que operam na Bolívia foram obrigadas a entregar todas as suas propriedades para a estatal YPFB (Estatal Boliviana de Petróleo), que será responsável pela comercialização do produto, estipulando condições, volume e preços, tanto no mercado interno como para exportação.Vale ressaltar que não apenas a Petrobras passou pela processo de nacionalização, empresas estrangeiras como a Repsol YPF, da Espanha, Canadian Energy, do Canadá, Total, da França, British Gás e british Petroleum, do Reino Unido, e Dong Wong, da Coréia também passam pelo mesmo processo. O governo boliviano deu 180 dias para que as empresas se adaptem às novas mudanças, as empresas que antes tinham arrecadação de 85%, passam a terem direito a 15%.

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